O Estranho Mundo de Lupo
 

 
 
 
 
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sexta-feira, maio 31, 2002
 
E não é que não passou o clip do Foo Fighters ontem... perdi uma hora da minha pra nada!
Assim Falou Lupo
quinta-feira, maio 30, 2002
 
Hoje na MTV, as 21:00 horas, estréia o novo clip do Foo Fighters. A música é "The One", faz parte da trilha sonoro de um filme que ainda não estreou por aqui, o nome original é "Orange County".
Assim Falou Lupo
 
Um belo texto de Kurt Busiek sobre Astro CIty e super-heróis em geral, retirado do site da Pandora.

VIDA NA CIDADE GRANDE


Eu adoro super-heróis.

Pra quem me conhece, isso não é surpresa. Venho escrevendo quadrinhos de super-heróis profissionalmente há bem mais de uma década e lendo-os há muito mais. Embora o gênero de super-heróis não seja tudo que eu escrevo (ou leio), não existe razão pra negar que me divirto com sujeitos que usam capas e máscaras, e não tenho nenhuma intenção de deixá-los pra trás tão cedo.

Infelizmente, pelo menos da minha perspectiva, os super-heróis não são muito respeitados por aqueles que me rodeiam: amigos, família, outros criadores e um grande número de leitores de quadrinhos. Dizem que há super-heróis demais, que eles sufocam as prateleiras e estantes das lojas de quadrinhos, que eles são o motivo pelo qual os quadrinhos são tão desprezados pela maioria dos norte-americanos (Nota dos Editores: E dos brasileiros também!) e outras coisas. E embora eu possa concordar com algumas das coisas ditas acima - eu, certamente, também gostaria de ver mais variedade nas prateleiras, por exemplo, mas quando vejo super-heróis que vão de Batman e Super-Homem ao Homem-Aranha, X-Men, Tartarugas Ninja, Powers Rangers, o Corvo, o Tick e outros, em filmes, na TV, desenhos animados, livros ou pulando das prateleiras das lojas de brinquedos, eu me pergunto se é mesmo para os super-heróis que os não-leitores viram a cara - é sobre uma reclamação específica contra os super-heróis que eu gostaria de comentar aqui.

A reclamação, que nunca deixa de me fascinar, é a de que super-heróis são limitados. Me dizem que são inerentemente juvenis, simplistas, apenas uma fantasia de adolescentes do sexo masculino. Uma fantasia cripto-fascista dos valores do status quo, elevado a qualquer coisa estranha ou alienígena.

E sim, claro, eu posso ver isso. O Super-Homem é a personificação da adolescência. Clark Kent, a criança frágil que ninguém leva a sério, se transformando no poderoso, respeitado (e sexualmente atraente, mas tímido na presença das mulheres) Super-Homem, tão naturalmente quanto um adolescente muda de voz e, depois, voltando novamente a ser o tímido e pouco importante Clark. O Homem-Aranha é a adolescência de um ângulo diferente: o adolescente tropeçando até a vida adulta, cometendo erros com conseqüências desastrosas e fazendo o melhor possível para remediá-las enquanto aprende a ser responsável numa sociedade adulta. O Capitão América era o ideal e a auto-imagem norte-americana por volta de 1941, juntas numa mesma pessoa. O garoto mais forte do playground local, querendo fazer os outros meninos brincarem de forma educada, mesmo se pra isso tiver que ser um pouco duro com eles.

Contudo - e você sabia que iria haver um "contudo", certo? - o que me fascina sobre essa objeção aos super-heróis é a forma como ela aponta, de maneira crítica, aquilo que pra mim é a força maior do gênero dos super-heróis - a facilidade com que os super-heróis podem ser usados como metáforas, como símbolos, seja para as transformações psicológicas da adolescência, a auto-imagem de uma nação ou qualquer outra coisa. Será que um gênero que pode fazer algo assim, é realmente limitado?

Eu acho que não.

Se um super-herói pode ser uma metáfora tão poderosa e eficiente para a adolescência masculina, então o que mais você pode fazer com eles? Será que é possível contar uma história de super-heróis como uma metáfora sobre a adolescência feminina? Sobre a crise da meia-idade? Sobre as mudanças que acontecem com os adultos quando se tornam pais? Claro! Por que não? E se um super-herói é capaz de exemplificar a auto-imagem da América do Norte no início da Segunda Guerra Mundial, pode um super-herói exemplificar a auto-imagem da América do Norte nos pouco confiantes anos 70? Que tal a identidade nacional emergente de uma nação africana que acaba de se tornar independente? Ou uma cultura não-nacional, como a das drogas, ou a do "a ganância é boa" dos empresários nos malucos anos 80? É claro. Se pode fazer um, pode fazer todos.

Eu poderia continuar, mas vou poupá-lo. O negócio é que qualquer tentativa de descrever como os super-heróis são limitados, rapidamente se transforma na pergunta "Mas o que eles podem fazer?" As possibilidades do gênero são ilimitadas e o terreno rico e atraente.

Este era o tipo de coisa que passava pela minha mente quando comecei a trabalhar em ASTRO CITY. Historicamente, o gênero dos super-heróis tem se limitado a aventuras de suspense e histórias de ação que podem ser vendidas facilmente para adolescentes e garotos mais novos. Mas esta é uma limitação auto-imposta pelo mercado e não algum tipo de limitação criativa do gênero, celebrando o poder que tem de dar vida às idéias e ver o que elas podem fazer. Há muito sou fascinado pela questão de o que mais acontece no mundo que os super-heróis habitam, como é a vida do sujeito que aponta pra cima e diz: "Olhem! Lá no céu!"; os pôsteres de quais celebridades estão nas paredes das garotas de 13 anos no mundo do Tocha Humana; como é para um advogado explicar ao tribunal que seu cliente não é culpado de assassinato porque o assassino era na verdade o gêmeo maligno dele (e indicar todos os precedentes de tal evento). Esta parecia uma chance perfeita de fazer ambos - explorar as aventuras comuns de um mundo de super-heróis e ver quais histórias estão aguardando nas sombras para serem contadas, que cordas podem ser tocadas, o que podemos descobrir se deixarmos de prestar atenção ao cântico de sereia de "O que acontecerá agora?" e começar a imaginar "O que mais há aqui"? Eu gosto muito de histórias do tipo "O que acontecerá agora" e tenho muitos lugares para contá-las - mas não muitos onde possa escolher um espectador inocente de uma batalha, seguir ele ou ela até em casa e ver o que vale a pena examinar nesta vida em particular. O que espelha a nossa própria experiência? Quais cantos escuros e cheios de teias de aranha podemos iluminar?

Uma coisa que eu não quero fazer é pegar uma história de super-heróis e torná-la realista - o que é estranho, já que esta se tornou a descrição abreviada do que é ASTRO CITY (e MARVELS, antes disso) que eu cansei de ouvir: é como os super-heróis seriam no mundo real.

Bem, não. Não é.

Existem trolls vivendo nos subterrâneos de Astro City. Temos viajantes do tempo remodelando o futuro, além de uma tecnologia fantástica, criaturas místicas, contatos alienígenas e seres destrutivos, poderosos e violentos aos montes - e, na história de Astro City, eles têm estado por aí há décadas, sem transformar o mundo em algo irreconhecível pela nossa própria perspectiva. O telefone e o avião podem ter transformado nosso mundo, mas o super-herói e o feiticeiro não tiveram um efeito tão grande no mundo de Astro City. E eu gosto disso assim. Fazer um mundo realista de super-heróis - torná-lo uma realidade alternativa na qual tudo faz sentido e funciona de forma lógica - que me dá a impressão de ser menos uma história de super-heróis por si, e mais aquele ramo da ficção científica que acha suas histórias ao inventar alguma mudança no mundo e, depois, extrapolando a partir daí, explorando as ramificações de uma mudança na tecnologia, ou história, ou política em todos os outros aspectos do mundo. A pergunta "O quão diferente o mundo seria" neste tipo de história, embora seja uma forma de ficção perfeitamente válida, não me interessa.

Pra mim, um dos elementos mais atraentes da história de super-heróis é o fato de o mundo em que elas acontecem ser o nosso mundo - que essas coisas cósmicas, fantásticas e furiosas acontecem no que poderiam ser os céus sobre nossas cabeças - e, claro, deveriam transformar o mundo em algo irreconhecível. Mas não o fazem. Não mais do que o predomínio de magos da corte ou de múltiplas raças humanóides inteligentes compartilhando o mesmo ambiente altera a política ou o comércio de um mundo de faz-de-conta. Eu gosto da glória irreal e absurda do gênero de super-heróis e quero vê-lo como um lugar de deuses, alienígenas, superciência, gorilas falantes e pessoas comuns como eu e você, todos lidando com uma metáfora descontrolada, adaptando-se não ao efeito lógico, mas ao emocional. Não como seria se super-heróis existissem em nosso mundo, mas como nós nos sentiríamos se pudéssemos transitar pelo mundo deles. Não é um mundo realista. É um mundo fascinante.

Outro motivo pelo qual fico feliz em deixar o mundo de Astro City ser totalmente irreal é eu achar que já era hora. Desde a última década, começando na época dos brilhantes WATCHMEN e BATMAN - O CAVALEIRO DAS TREVAS, o método predominante para os criadores de super-heróis "sérios" tem sido a desconstrução. O super-herói foi dissecado, analisado e desglamurizado, suas irracionalidades trazidas à luz para mostrar as máquinas defeituosas que são; que é quase impossível apresentar um super-herói que faz o que ele faz sem ser emocionalmente instável, incapaz de lidar com a realidade sem esconder suas psicoses e obsessões. Mas me parece que a única razão real para desmontar um relógio de bolso ou o motor de um carro, além do prazer de desmontar, é descobrir como eles funcionam. Entendê-lo de forma que possa remontá-lo de novo melhor do que antes, ou construir um novo que seja capaz de ir além do que o modelo velho podia fazer.

Estamos desmontando os super-heróis há mais de dez anos. É hora de remontá-los e colocá-los pra funcionar, botá-los na estrada e meter o pé no acelerador pra ver o que podem fazer. É este prospecto que me deixa entusiasmado e ansioso para contar minhas histórias a qualquer um que quiser escutar. Onde podemos ir daqui? O que podemos achar lá fora? Venha, vamos por aqui. Só podemos ver formas no escuro, mas elas parecem interessantes, não é?

Tive muita sorte em toda essa história. Sorte em fazer Marvels na época certa, o que me fez conquistar uma audiência e reputação que me permitiu lançar ASTRO CITY. Sorte em ter trabalhado com Alex Ross, cuja devoção aos arquétipos e ao poder emocional deu origem a Marvels, e cuja habilidade consumada trouxe multidões de leitores para o projeto - e que trás a mesma devoção e habilidade para compor exatamente a mesma imagem com as capas de ASTRO CITY. Sorte em trabalhar com Brent Anderson, que consegue desenhar qualquer coisa que eu pedir, e que tenta fazer o que for preciso para trazer vida à história na página. E sorte que nem Brent e nem Alex ficam contentes em apenas "fazer seu trabalho". Eles contribuíram com idéias, deram forma a personagens e cenários, não deixaram que eu fizesse algumas besteiras, lutaram por sua visão e o bem das histórias e estiveram completamente engajados em fazer de ASTRO CITY uma realidade. Sem eles, a revista poderia ter saído, mas talvez não fosse tão boa. O mesmo pode ser dito sobre Richard Starkings e John Gaushell, da Comicraft, cujas habilidades em design e especialidade técnica fizeram de ASTRO CITY um embrulho bonito e sem arestas; sobre Steve Buccelato e a Electric Crayon, que deu vida e clima às histórias; e sobre a Image Comics, que nos deu uma chance de contar nossas histórias da melhor maneira possível, nos ajudando a alcançar nosso público sem tentar exercer nenhum controle criativo.

Não há gorilas falantes nas próximas histórias (ainda vamos chegar a eles, acredite!). Mas, olhando agora para elas, acho que fizemos o que planejamos - contamos as histórias que queríamos contar com tanta honestidade e habilidade quanto fomos capazes de reunir, e as deixamos livres para voar ou cair. Na maior parte, elas parecem ter voado.

Bem-vindo a Astro City. Se você está conhecendo o lugar pela primeira vez, espero que goste de passear por suas ruas e apreciar a paisagem tanto quanto nós.


Kurt Busiek
Maio de 1996



Assim Falou Lupo
quarta-feira, maio 29, 2002
 
Alguns comentários sobre o filme do Homem-aranha.

Primeiro, o Toben Maguire é Peter Parker encarnado. Sem brincadeira, sempre foi daquele jeito que imaginei o personagem. Idem para o ator que fez o J.J. Jameson(achei que ele poderia ter apareceido mais). Kirsten Dunst é gatinha, mas sua atuação não tem nada de excepcional. A melhor cena dela é a da chuva! :)
Quanto ao filme em si, achei muito bom. Me empolguei feito criança(mas não fiquei apludindo). Só achei que o Homem-aranha fez pouco piadinhas... Mas nada que tire o valor do filme.
Quanto a paticipação do Stan Lee, eu percebi claramente que era ele. Assim como no filme dos X-men. Será que ele vai aparecer em todos os filmes dos heróis Marvel?
Mas tem várias pessoas apontando defeitos no filme, que eu não percebi... Acho que vou ter que ir ao cinema de novo! :-)
Assim Falou Lupo
sábado, maio 25, 2002
 
Um pouco de poesia. O Corvo, de Edgar Alan Poe, na versão original, e traduzida por Machado de Assis e Fernando Pessoa.

THE RAVEN - EDGAR ALLAN POE
1845


Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore,
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of some one gently rapping, rapping at my chamber door.
"'Tis some visitor", I muttered, "tapping at my chamber door -
- Only this and nothing more."

Ah, distinctly I remember it was in the bleak December,
And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor.
Eagerly I wished the morrow; vainly I had sought to borrow
From my book surcease of sorrow - sorrow for the lost Lenore, -
For the rare and radiant maiden whom the angels name Lenore
Nameless here for evermore.

And the silken, sad, uncertain rustling of each purple curtain
Thrilled me - filled me with fantastic terrors never felt before;
So that now, to still the beating of my heart, I stood repeating:
"'Tis some visitor entreating entrance at my chamber door -
Some late visitor entreating entrance at my chamber door -;
This it is and nothing more."

Presently my soul grew stronger: hesitating then no longer,
"Sir", said I, "or Madam, truly your forgiveness I implore;
Bnut the fact is I was napping, and so gently you came rapping,
And so faintly you came tapping, tapping at my chamber door,
That I scarce was sure I heard You"- here I opened wide the door -
Darkness there and nothing more.

Deep into that darkness peering, long I stood there, wondering, fearing,
Doubting, dreaming dreams no mortals ever dared to dream before;
But the silence was unbroken, and the stillness gave no token
And the only word there spoken was the whispered word, "Lenore!"
This I whispered, and an echo murmured back the word, "Lenore!"
Merely this and nothing more.

Back into the chamber turning, all my soul within me burning,
Soon again I heard a tapping, something louder than before.
"Surely", said I, "surely that is something at my window lattice;
Let me see, then, what thereat is, and this mystery explore,
Let my heart be still a moment and this mystery explore
'Tis the wind and nothing more."

Open here I flung the shutter, when, with many a flirt and flutter,
In there stepped a stately Raven of the saintly days of yore.
Not the least obeisance made he, not a minute stopped or stayed he,
But, with mien of lord or lady perched above my chamber door
Perched upon a bust of Pallas just above my chamber door
Perched and sat, and nothing more.

Then, this ebony bird beguiling my sad fancy into smiling,
By the grave and stern decorum of the countenance it wore,
"Though thy crest be shorn and shaven, thou", I said, "art sure no craven,
Ghastly, grim, and ancient Raven, wandering from the nightly shore:
Tell me what thy lordly name is on the Night's Plutonian shore!"
Quoth the Raven, "Nevermore".

Much I marvelled this ungainly fowl to hear discourse so plainly,
Though its answer little meaning, little relevancy bore;
For we cannot help agreeing that no living human being
Ever yet was blessed with seeing bird above his chamber door -
Bird or beast upon the sculptured bust above his chamber door -
With such name as "Nevermore".

But the Raven, sitting lonely on that placid bust, spoke only
That one word, as if his soul in that one word he did outpour.
Nothing farther then he uttered, not a feather then he fluttered;
Till I scarcely more than muttered, "Other friends have flown before:
On the morrow he will leave me, as my Hopes have flown before. "
Then the bird said, "Nevermore".

Startled at the stillness broken by reply so aptly spoken,
"Doubtless", said I, "what it utters is its only stock and store,
Caught from some unhappy master whom unmerciful Disaster
Followed fast and followed faster till his songs one burden bore,
Till the dirges of his Hope that melancholy burden bore
Of 'Never - nevermore'."

But the Raven still beguiling all my sad soul into smiling,
Straight I wheeled a cushioned seat in front of bird and bust and door;
Then, upon the velvet sinking, I betook myself to linking
Fancy unto fancy, thinking what this ominous bird of yore,
What this grim, ungainly, ghastly, gaunt, and ominous bird of yore
Meant in croaking "Nevermore".

This I sat engaged in guessing, but no syllabe expressing
To the fowl, whose fiery eyes now burned into my "bosom's" core;
This and more I sat divining, with my head at ease reclining
On the cushion's velvet lining that the lamplight gloated o'er,
But whose velvet violet lining with the lamplight gloating o'er,
She shall press, ah, nevermore!

Then, methought, the air grew denser, perfumed from an unseen censer
Swung by seraphim whose foot-falls tinkled on the tufted floor.
"Wretch", I cried, "thy God hath lent thee - by these angels he hath sent thee
Respite - respite and nepenthe from thy memories of Lenore!
Quaff, oh quaff this kind nepenthe, and forget this lost Lenore!"
Quoth the Raven, "Nevermore".

"Prophet!", said I, "thing of evil! - prophet still, if bird of devil! -
Whether Tempter sent, or whether tempest tossed thee here ashore,
Desolate yet all undaunted, on this desert land enchanted -
On this home by Horror haunted - tell me truly, I implore:
Is there - is there balm in Gilead? - tell me - tell me, I implore!"
Quoth the Raven, "Nevermore".

"Prophet!", said I, "thing of evil! - prophet still, if bird of devil!
By that Heaven that bends above us, by that God we both adore,
Tell this soul with sorrow laden if, within the distant Aidenn,
lt shall clasp a sainted maiden whom the angels name Lenore,
Clasp a rare and radiant maiden whom the angels name Lenore."
Quoth the Raven, "Nevermore".

"Be that word our sign of parting, bird or fiend!" I shrieked, upstarting:
"Get thee back into the tempest and the Night's Plutonian shore!
Leave no black plume as a token of that lie thy soul hath spoken!
Leave my loneliness unbroken! quit the bust above my door!
Take thy beak from out my head, and take thy form from off my door!"
Quoth the Raven, "Nevermore".

And the Raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming,
And the lamplight o'er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the foor
Shall be lifted - nevermore!


Machado de Assis
1883


Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."

Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o colchão refletia
A sua última agonia.
Eu ansioso pelo Sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,
E que ninguém chamará mais.

E o rumor triste, vago, brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido,
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui, no peito,
Levantei-me de pronto, e "Com efeito,
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."

Minh'alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo, e desta sorte
Falo: "Imploro de vós - ou senhor ou senhora,
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso
Já cochilava, e tão de manso e manso,
Batestes, não fui logo, prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse; a porta escancaro, acho a noite somente,
somente a noite, e nada mais.

Com longo olhar escruto a sombra
Que me amedronta, que me assombra.
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta;
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu, como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.

Entro co'a alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela:
"Seguramente, há na janela
Alguma coisa que sussurra. Abramos,
Eia, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais,
Devolvamos a paz ao coração medroso,
Obra do vento, e nada mais."

Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
de um lord ou de uma lady. E pronto e reto,
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta em um busto de Palas:
Trepado fica, e nada mais.

Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gosto severo, - o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "Ó tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais;
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o corvo disse: "Nunca mais."

Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que eu lhe fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Coisa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta a dizer em resposta
Que este é seu nome: "Nunca mais."

No entanto, o corvo solitário
Não teve outro vocabulário.
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda sua alma resumisse,
Nenhuma outra proferiu, nenhuma.
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
"Tantos amigos tão leais!
"Perderei também este em regressando a aurora."
E o corvo disse: "Nunca mais."

Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais."

Segunda vez nesse momento
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo;
E, mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera,
Achar procuro a lúgubre quimera,
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais."

Assim posto, devaneando,
Meditando, conjeturando,
Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava.
Conjeturando fui, tranqüilo, a gosto,
Com a cabeça no macio encosto
Onde os raios da lâmpada caíam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam
E agora não se esparzem mais.

Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso,
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível:
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?"
E o corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No Éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais,
"Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!"
E o corvo disse: "Nunca mais."

"Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa! (clamei, levantando-me) cessa!
Regressando ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo...
Vai-te, não fique no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua.
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o corvo disse: "Nunca mais."

E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!


FERNANDO PESSOA
1924


Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.

Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ânsia e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!



Assim Falou Lupo
 
Hoje eu revi O Grande Lebowsky, continuei achando bom, entendi o final dessa vez (hehehe).
E percebi uma coisa que tinha passado batido da outra vez; Os Chemical Brothers atuam no filme. São dois daqueles sequestradores niilistas... Achei legal, mas acho que eles não participaram da trilha sonora, que conta com Bob Dylan entre outros, com destaque para uma versão maravilhosa de "Hotel California" gravada pelos Gypsy Kings.
Assim Falou Lupo
quinta-feira, maio 23, 2002
 
Outras dicas de filmes no Telecine:

No Sábado, as 18:00 horas, tem O Grande Lebowsky, dos irmãos Coen, no Telecine Happy. E no mesmo dia, no Telecine Premium, 21:30, tem Shaft, com Samuel L. Jackson.
E no Domingo, também as 18:00 horas, vai passar As Virgens Suicidas no Telecine Premium, com a gatíssima Kirsten Dunst , a Mary Jane do filme Homem-aranha.
Assim Falou Lupo
 
A Arte do Terror


Essa semana, no Telecine Classic, está rolando um festival com filmes de Roger Corman, conhecido como o rei dos filmes B.
Os fãs dos quadrinhos já devem ter ouvido falar dele como produtor do filme tranqueira ‘’Quarteto Fantástico’’(que ainda não tive o desprazer de assistir).
Mas esqueçam isso. Esses filmes aqui valem a pena. São 7 filmes de terror, 6 baseados na obra de Edgar Alan Poe, e mais um baseado em H.P. Lovecraft. Todos estrelados por Vincent Price.
Os filmes estão indo ao todos os dias nesta semana, as 22:00 horas.

Os filmes são estes (textos retirados do site do telecine):

O Solar Maldito

Ao pedir a mão de sua amada em casamento, rapaz é envolvido no terror que cerca a família da moça. Primeiro filme (1960) dirigido por Roger Corman baseado em um conto de Edgar Allan Poe.

A Mansão do Terror

Ao saber da misteriosa morte de sua irmã, homem se defronta com estranhas revelações durante a visita ao castelo de seu cunhado.

Muralhas do Pavor

Três histórias diferentes de horror (1962) com participação de Vincent Price em todos os episódios.

O Corvo

Versão satírica de terror (1963) de um famoso poema de Edgar Allan Poe reunindo pela primeira vez Vincent Price, Boris Karloff e Peter Lorre, que ficariam conhecidos como o "triunvirato do terror". Fãs de Jack Nicholson poderão ver o ator em início de carreira. Ao procurar provas de que sua esposa está viva, mago enfrenta seu arqui-inimigo em um duelo de morte.

O Castelo Assombrado

Produção (1963) baseada em história de H.P. Lovecraft. Homem vai visitar casa herdada de seu avô, um cruel feiticeiro que praticava atos macabros tendo como alvo os habitantes da região.

A Orgia da Morte

Considerado o melhor filme (1964) de Roger Corman baseado em contos de Edgar Allan Poe ao traduzir em tela o clima de um conto do famoso escritor. Príncipe organiza um baile de máscaras em seu castelo, mas entre os convidados há um assassino.

Túmulo Sinistro

Homem acredita que sua nova mulher está possuída pelo espírito maligno de sua esposa morta. Produção de 1964.


Os horários das reprises estão no site também.
Assim Falou Lupo
 
Já está no ar "Imagine Flash por Rafael "Lupo" Monteiro".
Uma histórias de mortes, despedidas, e legados, com Barry Allen, Wally Wast, e Crise nas Infinitas Terras.
Assim Falou Lupo
sexta-feira, maio 17, 2002
 
Atendendo a pedidos...

Domingo, dia 12/05/2002, assistimos ao deprimente espetáculo apresentado
pela escuderia italiana Ferrari, ao impor que o brasileiro Rubens Barichello
permitisse a ultrapassagem de seu companheiro de equipe Michael Schumacher
nos últimos segundos do GP da Áustria, cedendo a este o primeiro lugar.

Deprimente a Ferrari, por ser a grande responsável.
Deprimente M. Schumacher, por passar o brasileiro.
Deprimente Rubens Barrichello, por aceitar tal imposição.
Deprimente a FIA, por permitir tamanha palhaçada.
Enfim, um espetáculo dantesco...


Não podemos ficar calados diante dessa pouca vergonha!
Por isso, façamos nossa parte para que isso não aconteça novamente!!!!!!
Lanço aqui a campanha:


NÃO VOU COMPRAR UMA FERRARI!


Faça sua parte você também, não comprando uma Ferrari e repassando essa
mensagem para todos os seus amigos para que façam o mesmo!!!

Assim Falou Lupo
 
Vou ferir alguns direitos autorais, mas não podia deixar essa passar em branco. Afinal, o "ômi" tá falando do Aranha.
A matéria saiu na Folha de hoje.

Personagem tem males de mortais comuns
STAN LEE
ESPECIAL PARA O "NEW YORK TIMES"

O Homem-Aranha parece estar por toda parte hoje em dia, e é assim que eu
gosto que esteja. A versão para o cinema da história em quadrinhos que criei
40 anos atrás, juntamente com o artista Steve Ditko, estréia hoje, e quase
todo mundo com quem eu esbarro me pergunta a mesma coisa: por que "Spidey"
continua tão popular assim, mesmo depois de todos estes anos?
Como meus próprios superpoderes não me permitem penetrar nas mentes de seus
fãs, posso apenas dar um palpite bem fundamentado.
Muitos leitores de longa data me disseram que, de todos os personagens de
quadrinhos já vistos, o Homem-Aranha é o mais realista. É claro que falar em
"fantasia realista" é contraditório, mas acho que entendo o que eles querem
dizer. O alter ego de nosso personagem principal, Peter Parker, talvez seja
o único super-herói a ter problemas financeiros, frustrações românticas e
muitos dos males que costumam acometer os comuns mortais. Já ocorreu de ele
sofrer um ataque alérgico enquanto combatia os vilões da história. Em lugar
de viver numa Metrópolis ou Gotham City mítica, ele habita a boa e velha
Nova York, e, quando se cansa de se dependurar de sua rede, pode ser visto
correndo atrás de um táxi em qualquer lugar entre Greenwich Village e o
Upper East Side.
Outra característica que diferencia o Homem-Aranha de seus semelhantes é sua
introspeção. O pobre Spidey mal consegue dar um passo sem questionar suas
próprias motivações e se indagar se está fazendo a coisa certa. Na verdade,
"Homem-Aranha" foi a primeira história em quadrinhos a usar extensivamente
os "balões com pensamentos", com os quais o leitor fica sabendo não apenas o
que um personagem está dizendo, mas também o que está pensando. Isso lhes
permite realmente conhecer bem o personagem, e, quanto mais você sabe sobre
uma pessoa, mais se interessa por ela.
Muitas vezes já passou por minha cabeça que o poder de atração que o
Homem-Aranha exerce em todo o mundo talvez se deva em parte, também, a seu
figurino. Os fãs mais atentos já devem ter observado que a roupa do
Homem-Aranha recobre cada centímetro de seu corpo.
Quando Steve Ditko primeiramente visualizou a roupa de nosso herói, ele
criou um dos modelos mais únicos na história dos quadrinhos. Mais do que
isso, porém, a roupa de Spidey é totalmente "a favor" do usuário. Qualquer
leitor, de qualquer raça, em qualquer parte do mundo, pode se imaginar
usando esse uniforme e fantasiar que é o Homem-Aranha. Não estou certo de
que tenhamos planejado que fosse assim, mas essa é uma daquelas felizes
coincidências que fez de nosso aventureiro de inspiração aracnídea
possivelmente o mais empático herói a já ter agitado uma teia.
Outra qualidade que Spidey possui em abundância é o senso de humor. Não é de
hoje que ele é conhecido por seus comentários espirituosos e seus chistes
ágeis, feitos no calor da batalha. O misto aparentemente estranho de
autocrítica contínua e diálogo irreverente ajuda a manter a atenção de seus
fãs grudada na aventura que ele está vivendo no momento.
E, para concluir, não devemos nos esquecer dos dilemas morais que tão
frequentemente surgem na vida de Spidey. Não são poucas as vezes em que ele
não tem certeza total de estar fazendo a coisa certa. Em lugar de enxergar
tudo em preto-e-branco, nós, da Marvel Comics, conscientemente acrescentamos
tonalidades de cinza ao elenco de personagens. Às vezes os vilões não são
inteiramente maus e vice-versa. Espalhamos questões morais de modo a
oferecer aos leitores a oportunidade de buscar suas respostas próprias.
É assim que eu explicaria a popularidade de Spidey. Por outro lado, é
possível que tenhamos simplesmente tido sorte, ao criarmos um herói de
personalidade simpática, um sujeito com quem você curte passar algum tempo.
Tá vendo como pode ser fácil?

Stan Lee é co-criador de "Homem-Aranha"
Tradução Clara Allain


Assim Falou Lupo
 
Mais uma do Rio fanzine

NAPSTER FALIDO: Depois de ter entrado água no acordo feito com o poderoso grupo alemão Bertelsmann (BMG), Shawn Fanning anunciou esta semana que o Napster está falido. Não há mais como manter o serviço e pagar os direitos autorais das músicas.

Acho ninguém mais usava mesmo... Afinal, quem vai pagar por algo que pode ter de graça com outros programas?
Uma pena, eu gostava do Napster, mas o olho grande das gravadoras fuderam com o programa. Pois, apesar de não ser dito quando saem notícias deste assunto, as gravadoras não são contra programs que compartilhem arquivos musicais. O que elas querem é ganhar mais alguns milhões de dólares com isso. É por isso que NUNCA vou pagar pra baixar músicas na internet. Não quero deixar as gravadoras ainda mais ricas.
Assim Falou Lupo
 
Esta notícia saiu no Rio Fanzine(O Globo) de hoje.

AS SOBRAS DA VIÚVA: Courtney Love anunciou que tem fitas cassete com mais de 100 músicas inéditas do Nirvana, deixadas por seu falecido marido Kurt Cobain . Mas ela não pode lançar nada enquanto não resolver suas pendengas judiciais (a batalha começa em setembro) com os outros integrantes da banda, Dave Grohl e Krist Novoselic.


Quando o Nirvana veio ao Brasil, eles chegaram a gravar alguma coisa em um estúdio aqui no Rio, e, que eu saiba, nunca mais se falou nelas. Contudo, esse número de 100 músicas pra mim é surpreendente.
Mas tão cedo não ouviremos essas músicas, pois essa briga aí é feia. O David Grohl já fez uma música nada elogiosa pra Courtney Love, chamada "Stacked Actors", que abre o cd "There is Nothing Left to Lose". E enquanto eles ficam se insultando e com processos correndo na justiça americana, nada de música novas do Nirvana.
Ou quase isso, já que o Grohl colocou uma dessas músicas em cd de um projeto paralelo seu, e a música rapidamente caiu na internet. A Courtney conseguiu retirar a música de alguns sites, mas muitos já a baixaram. O nome da canção é "You Know You're Right", e eu consegui baixá-la no KazaA.
Assim Falou Lupo
segunda-feira, maio 13, 2002
 
Já está no ar no Hyperfan(link ao lado) minha primeira participação no evento "Imagine", comemorando um ano ano do site.
O título que escrevi é "Imagine Mulher-hulk por Rafael "Lupo" Monteiro".
A história é bem divertida: o retorno do Matador de Idiotas, um vilão ridículo obscuro que desenterrei pra essa edição.
A trama gira em tono de algo bem comum para nós: a programação de tv. Todo mundo reclama que ela está ruim, mas ninguém deixa de ver (quase) todo dia. Partindo desse princípio, fiz uma grande brincadeira com a tv, e com um final que achei bastante adequado pra quem reclama, reclama, e não desligua.
Espero que gostem.
E, em breve, vai ao ar ''Imagine Flash por Rafael "Lupo" Monteiro", com uma história de Barry Allen, lembrando o clássico "Crise nas Infinitas Terras".
Assim Falou Lupo
terça-feira, maio 07, 2002
 
AE!!!
Finalmente comprei dos cds que já deviam estar na minha coleção HÁ MUITO TEMPO!
O primeiro deles é o Incesticide, do Nirvana. Comprei em uma galeria aqui perto de casa. E quando cheguei em casa, notei que o cd era importado. Melhor pra mim, que paguei 28 reais, 'mais barato que alguns cds nacionais nas lojas.
O outro é o Amnesic, do Radiohead. Suas músicas foram gravadas junto com as do Kid A(já ouvi falar que a idéia inicial era dele ser duplo). Esse eu comprei pela internet, no site Submarino, e ainda não chegou.
Foi a primeira vez que comprei algo pela internet. Aproveitei a parceria do Submarino com o Omelete . Eles fizeram uma promoção bacana, você ganha um cupom de desconto de 10 reais nas compras acima de R$50,00. E o mais legal é que esse cupom é cumulativo com os descontos do Submarino, ou seja, é como se fosse um duplo desconto. E o pagamento ainda pode ser parcelado. Mais isso só vale se a comprar for feita no link que tem no Omelete
Junto com o Amnesic, eu comprei o TPB da polêmica série JLA- WORLD WAR 3. A polêmica se deve a editora Abril ter pulado essa série, que é o arco de histórias final de Grant Morrison(olha ele de novo por aqui) com a Liga.
Ufa! Tô precisando arranjar um emprego antes que eu vá a falência.

Assim Falou Lupo
segunda-feira, maio 06, 2002
 
E o Romário não vai pra copa... Que sacanagem! O pior é ter que aturar o Luizão meia bomba no lugar dele!
E vamos sofrer muito com os Roques Júniores da vida nessa copa... E o pior é que o otário aqui vai virar as madrugadas pra assistir aos jogos da seleção.
Eu devo ter alguma tendência para o masoquismo!
Os convocados são esses aí:

Goleiros
Marcos (Palmeiras)
Dida (Corinthians)
Rogério Ceni (São Paulo)

Laterais
Cafu (Roma)
Belletti (São Paulo)
Roberto Carlos (Real Madrid)
Júnior (Parma)

Zagueiros
Lúcio (Bayer Leverkusen)
Edmilson (Lyon)
Roque Júnior (Milan)
Ânderson Polga (Grêmio)

Volantes
Émerson (Roma)
Gilberto Silva (Atlético-MG)
Kléberson (Atlético-PR)
Vampeta (Corinthians)

Meias
Ronaldinho Gaúcho (PSG)
Juninho Paulista (Flamengo)
Kaká (São Paulo)

Atacantes
Rivaldo (Barcelona)
Ronaldo (Milan)
Denílson (Betis)
Edílson (Cruzeiro)
Luizão (Grêmio)
Assim Falou Lupo
sábado, maio 04, 2002
 
Umas das hqs mais divertidas que estou lendo é a do Hulk. Bruce Jones está fazendo um roteiro muito legal, enfocando mais Bruce Banner do que o mostro verde. É claro que os fanboys de plantão estão reclamando, dizendo que a revista é do Hulk e não do Banner.
Acho que eles não ficam satisfeitos se não lerem sempre o mesmo tipo de história que já cansou a todos, menos a eles, lógico. Não aceitam que um autor dê uma abordagem um pouco diferente ao personagem, ou diferente do que ELES acham que é a correta. Como se só eles fossem os donos da verdade sobre os personagens.
Eu odeio os fanboys.
Quem souber inglês, pode ler as histórias do Hulk on-line, na página da Marvel(link ao lado).
Assim Falou Lupo
 
Cena que presenciei ontem.
Estava voltando do supermercado com meu irmão, e estávamos parados no sinal. Um menino de rua veio pedir dinheiro, e meu irmão logo o dispensou. Eu não quis fechar a janela na cara dele, acho isso um tremendo preconceito com os garotos.
O garoto foi pedir dinheiro pro carro em frente ao nosso. No que a mulher pegou a carteira pra procurar algum trocado, o garoto simplesmente meteu a mão e levou toda a grana dela, e saiu correndo. O motorista, provavelmente o marido, saiu do carro com um arma na mão xingando o moleque. Depois ele voltou ao carro, parou no acostamento e saiu atrás do menino.
Não sei qual foi o fim da história.
Pra mim ficou a dúvida: da próxima vez, fecho a janela ou não?
Acho que fecho. O medo nos faz ser politicamente incorretos.
Assim Falou Lupo
 
Mais Grant Morrison.
Acabei de ler o cross-over JLA/Wild Cats, de 1997.
Foi um pouco decepcionante. Morrison não fugiu do clichê "heróis que se espancam sem motivo e depois se unem pra dar porrada no vilão". Esperava mais de um autor como ele.
Pontos positivos: os diálagos e as cenasde ação, ambos bem divertidos. Em destaque, a interação entre Batman e Bandoleiro, que estava muito boa.
Se você encontrar por um bom preço, compre. Mas se o preço for um pouco salgado não vale a pena, a não ser que você seja muito fã do Morrison ou dos personagens.
Assim Falou Lupo
quinta-feira, maio 02, 2002
 
Pois é, galera. Mês que vem tá chegando "The Filth", a nova doideira de Grant Morrison pela Vertigo, que estou louco pra ler.
Podem aguardar que vou comentar cada uma das edições desta série aqui.
Assim Falou Lupo
 
Olha o que eu achei no MBB.

Por que a galinha atravessou a rua?

Platão:
Pelo bem maior.

Karl Marx:
Foi uma inevitabilidade histórica.

Maquiavel:
Para que seus súditos a vissem com admiração, como uma galinha que tem a ousadia e a coragem para atravessar a rua, mas também com medo, pois quem entre eles detêm a força para enfrentar tal exemplo de virtude ? De tal maneira é mantido o domínio do principado galináceo.

Hipócrates:
Devido a um excesso de gosma rosa clara em seu pâncreas.

Jacques Derrida:
Um sem-número de discursos contraditórios podem ser encontrados no ato da galinha atravessar a rua, e cada interpretação é igualmente válida uma vez que a intenção da autora não pode nunca ser definida, pois o estruturalismo está MORTO, DROGA, MORTO!

Thomas de Torquemada:
Me dê dez minutos com a galinha e eu descubro.

Timothy Leary:
Por que era o único tipo de viagem que o Sistema a deixaria fazer.

Douglas Adams:
Quarenta e dois.

Nietzsche:
Por que se você olha o bastante para a Rua, a Rua também olha pra você.

Oliver North:
A Segurança Nacional estava em jogo.

Carl Jung:
A confluência de eventos na gestalt cultural necessitava que galinhas individuais atravessassem ruas nessa conjuntura histórica, e assim sincronicamente levassem a que tais acontecimentos tomassem lugar.

Jean-Paul Sartre:
Para agir de boa fé e ser verdadeira para consigo mesma, a galinha achou ser necessário atravessar a rua.

Ludwig Wittgenstein:
A possibilidade de "travessia" estava codificada nos objetos "galinha" e "rua" e circunstâncias surgiram que causaram a atualização dessa ocorrência potencial.

Albert Einstein:
Se a galinha atravessou a rua ou a rua atravessou a galinha depende do ponto de referência.

Aristóteles:
Para cumprir seu potencial.

Buda:
Se você faz essa pergunta, você nega sua própria natureza galinácea.

Salvador Dalí:
O Peixe.

Darwin:
Foi o próximo passo lógico após ter descido das árvores.

Epícuro:
Por diversão.

Ralph Waldo Emerson:
Ela não atravessou a rua, ela a transcendeu.

Johann Friedrich von Goethe:
O eterno princípio hen a levou a isso.

Ernest Hemingway:
Para morrer. Na chuva.

David Hume:
Por costume e hábito.

Saddam Hussein:
Esse foi um ato não provocado de rebelião e nós tivemos justificativa e lançar 50 toneladas de gás nela.

Jack Nicholson:
Por que a (censurado) da galinha quis, (censurado). Essa é a (censurado) da razão.

Ronald Reagan:
Eu esqueci.

A Esfinge.
Me diga você.

Henry David Thoreau:
Para viver deliberadamente... e sugar toda a essência da vida.

Mark Twain:
As notícias de sua travessia foram exageradas.
Assim Falou Lupo
 
Acabei de ler o Livro "11 de Setembro", de Noam Chmsky.
É bom ver que os americanos têm um pouco de senso crítico sobre si mesmos. Chomsky classifica como o maior terroristas de todos o próprio governo dos E.U.A., inclusive com a condenação do mesmo pela Corte Internacional por uso ilegal de força, no caso da Nicarágua. É clarro que a decisão foi ignorada pelos americanos e não foi cumprida.
E ele também classifica como terrorista o apoio dos E.U.A. a Israel. Quem vive na cidade de Jenim deve concordar.
O problema do livro é que ele não se aprofunda muito nas questões. Talvez por ter sido elaborados a partir de entravistas para a imprensa, onde o autor tem um espaço relativamente pequeno para falar. A impressão que eu tive é que o terrorismo foi discutido de forma superficial, muitas vezes repetitiva durante o livro.
Mas vale a leitura, principalmente pela visão crítica do autor em relação à política internacional de Washington.
Assim Falou Lupo
 
Depois de muito tempo, finalmente botei esse negócio pra funcionar. Graças a meu irmão, que me me deu várias dicas!
Agora vai! :-)
Assim Falou Lupo
 
Assim Falou Lupo
 
Assim Falou Lupo

 

 
   
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